Lá fora a chuva molha a rua, aqui dentro as lagrimas inundam o coração. Cuidado, nesse teu jeito de não protege-lo e de querer essas chuvas torrenciais, em uma semana o previsto para muitos meses. Talvez o amor não saiba nadar, talvez ele finde por se afogar em meio a tanta tristeza, a tantas brigas e frustações, muitas das vezes você ocasiona tempestades em copos d’águas, e eles um dia transbordam, mas ainda assim o amor vai continuar lá, afogado, ilhado. Se conseguir passar por isso ele ainda vai permanecer com efeitos mais do que visíveis.
Os meus olhos já não têm se quer tempo de secar e já estão outra vez sendo balhados por tanta dor. E onde está o amor? É claro que ele está lá no fundo desse poço, existindo a todo custo, mas um dia ele não terá mais forças para subir por essas paredes cheias de lodo, elas são tão escorregadias que ele vai desistir de toda a luta que é para chegar a superfície e se habitua lá no fundo do poço. E quando as próximas chuvas vierem ele vai acabar sendo afogado. E talvez devêssemos ligar para a funerária para organizar os preparativos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário