Onde eu posso mesclar a realidade com a criatividade.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Conto.

Numa noite escura o telefone dela tocou, ela estava deitada na cama quase adormecendo, pegou-o sem olhar quem era, e depois de algum tempo de conversa ficaram calados, ela então lembrou-se daquela unica noite ao lado dele, suspirou e disse:
-Teu corpo tem um cheiro bom...e é quente
Ele então riu dizendo:
-Cheiro bom é?
Ela então confirmou:
- Aham, eu lembro.
Ele ficou calado por um tempo em seguida confessou:
- Eu queria te beijar.
Ela completou:
- Eu queria te beijar, morder, lamber, abraçar bem forte, sentir o calor da tua pele junto a minha queria tantas coisas
Ele concordou com ela:
- É eu também queria isso ai que você falou
Com ar de deboche ela duvidou:
- Queria nada.
Ele continuou:
- Queria, sério, queria nesse momento queriaaaaa muuuuuuito.
Fez-se se silencio e ele prosseguiu dizendo:
Vou dizer o estranho agora, perfect - deitar com você numa parte alta de um cemitério onde fosse bem calmo, à noite, fazendo poesias, cantando, tomando vinho e apreciando o escuro (se te assustei não foi a intenção ehaehiaheioa) e claro, fazendo outras coisas com você.
O silencio dessa vez foi interrompido por ela, não com palavras, mas um suspiro profundo, acompanhado de olhos cheios de lágrimas.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Conflitos internos, dualidade que me mata.

O pior dessa dualidade é que eu não me permito ficar feliz, por saber que no fundo estou triste, não consigo ficar feliz, não dá para pensar nos motivos para sentir-me bem sem lembrar de toda a duvida que tenho por dentro, essa maldita crise interna, essa maldita incerteza, esses malditos sentimentos duplicados, esse sujeito no plural... Não dá para ficar bem quando se tem um conflito interno tão forte.
E agora, Deus meu, o que eu faço?
Já não sei se dá para continuar fingindo que tá tudo bem, por mais que esteja superficialmente bem, aqui dentro tá confuso. Eu não estou me sentindo bem por engana-lo dizendo que tá tudo bem, não tá meu amor, que merda. Eu estou prestes a estragar o que de mais certo eu tenho para mim? Não, não posso, não vou. Não sei.

sábado, 17 de abril de 2010

Nostalgia se aloja em mim.

Eu procuro nesse silêncio gritante, nesse vazio preenchido que transborda palavras, mas tudo que eu tenho são arrepios e lágrimas.
Você me trás coisas tão boas que chega a ser ruim. Eu queria falar tantas coisas, a começar por todos os desejos e tormentos que você me causa. Sabe, você tava certo, eu só poderia saber se gostava realmente de você se o visse pessoalmente, e depois de ontem, eu só posso chorar a saber da verdade.
Eu não me importaria de pagar o preço para não ter essa imagem na minha cabeça, sem o fim que eu quero. Eu tenho medo de que com o passar do tempo a imagem do teu rosto tão perto, da tua boca, teus olhos, sumam, e então eu vou lembrar mas não mais visualizar, eu queria o filme das cenas de ontem, de você olhando para o nada, de você pensando e eu ficando atordoada com teu silêncio, de você piscando com tanta frequência, do seu jeito de sorrir, da nossa conversa. Da tua voz, do teu olhar que me maltrata. Da tua cara de diabético olhando e desejando um doce, sabendo que não pode come-lo, porque não é certo.
Eu pensei que te conhecer seria ótimo, mas talvez fosse melhor antes disso, afinal eu nunca saberia de como é a textura da tua pele, o como você mexe no cabelo, como anda, como tem um cheiro agradável, eu não saberia como teu abraço é bom, ou como teu peitoral fica marcado na camisa mesmo sem você ser 'sarado', ou não ia saber como é que você fala, quero dizer, como fala gesticulando, eu não teria ficado tão perto de você, acho que toda a proximidade que teve agora me parece uma distancia inquebrável, eu queria não me importar com o que você ia sentir, eu queria não ser culpada por ter sido daquele jeito. E agora eu estou chorando de saudades, de vontade de saber onde você está, se está pensando em mim, se... se para você foi tudo o que foi para mim. Droga, eu me apaixonei por você, isso não podia acontecer.
Eu não quero aceitar ser só tua amiga, eu não quero lembrar do quanto eu estive perto dos teus lábios, de como você segurou na minha nuca, de como esteve tão perto e de como foi o mais perto que tivemos.
Eu queria poder esquecer de todas as cenas que agora tenho na cabeça ou então poder congelar o resto do mundo, deixar tudo em câmera lenta e só nós dois vivendo tudo o que para mim foi... o suficiente para me deixar assim. Arrepiada, nostálgica, com medo do que eu penso que estou sentindo.
Eu queria poder ter ido além daqueles menos de dez centímetros, ter sentido teus lábios no meus nem que só um toque superficial, seria o que eu precisaria, mesmo que as consequências fossem ruins, mesmo que fosse algo errado, mesmo que depois só estivesse mais convicta do que sinto agora, sinto isso me fazer arrepiar e temer. Mas sinto, não dá para esconder, eu não consigo esconder nada de você.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

E nós resistimos.

Talvez tenha sido para provar que o que acontece rápido acabada tão rápido quanto, ou só por todos aqueles motivos que nós sabemos de cor e salteado, o que importa é que dessa vez não foi um sonho, ou terá sido? Afinal, se eu me lembro bem, terão na memória cenas inacabadas, terão diálogos quase perfeitos, momentos impossíveis de esquecer, e por muito pouco, por um triz para quem estava vendo, quase aconteceu. Mas não, ambos resistiram, firmes e fortes no que é o certo a se fazer e então, por mais que desejo não faltasse, por mais que a posição tornasse impossível não acontecer, não aconteceu.
A menos de dez centímetros teus lábios dos meus, mas essa distancia não foi quebrada, nem poderia ser. Só foi... o suficiente para ser tão intimo e importante tanto quanto e até mais que alguns beijos que já dei. Mas dessa vez não o beijei.
E como em um bom sonho ou filme, despediram-se sem um adeus, sem um abraço ou qualquer outra coisa que fosse tornar uma despedida normal. O acaso a levou sem que ela tivesse a oportunidade de dizer a ele o quanto... deixa para outro conto eu contar o que ela tinha a dizer. Aqui eu consigo conter as palavras, diferente de lá.

sábado, 10 de abril de 2010

Por dois?

É estranho mas quando se pensa em um o dois vem depois, quando se pensa no dois o um faz-se presente antes. E eu acho tudo isso muito estranho, é amar e gostar, dosagem diferentes mas que causam um sentimento em comum, a saudade, a lembrança. Não posso ficar sem o um que a saudade é tanta, mas qualquer coisa me trás a lembrança do dois. E quando eu sinto saudade do dois, logo lembro do um e como é estranho sentir isso pelo dois.

E então eu me pergunto, será que mesmo amando a um o coração ainda tem espaço para gostar d’outro? Será que mesmo que o destino colocaria o ideal no caminho mesmo quando o percurso que é feito a dois já é um belo conto de amor? Então, eu pergunto por fim, será que a proporção pode se alterar? Será que um dia a realidade vai mudar? E o que me faz feliz e presente vai ser uma lembrança e ausente, e o ideal e impossível, vai ser a realidade e tocável? Ou será que o presente vai tornar-se o único e o ideal amizade pura, sem desejos e tentações?

E até lá, meu Deus, como eu vou viver? Como em um só coração, em uma só mente, dois habitaram?

sábado, 3 de abril de 2010

Again

Porque são nessas horas que eu tenho vontade de mudar um pouco, sim eu preciso mudar, não posso continuar assim. Eu preciso mudar. Deixar todo o romantismo na época que ele existiu, vamos aceitar a modernidade. Não você não fez nada de errado, não exatamente ou diretamente, mas sabe que os pequenos detalhes se acumulando podem causar uma bela de uma bola de neve e pá... logo a avalanche te atinge e não venha dizer que eu não avisei. Eu só cansei de esperar por você e não ter retorno, eu cansei de dedicar minha vida a você e só ser segunda opição, eu só cansei de te amar e muitas vezes sentir que vocÊ não. Se não pode ser de corpo e alma então não profira tais palavras, de que me adianta palavras e uma vez ou outra concretização delas se na maior parte do tempo as palavras não condizem com os fatos?

Sim, eu quero deixar ou ao menos diminuir o que eu sinto por você, não te quero mais como o sol quando eu percebo que muitos dias tenho que conviver com um céu nublado causando o frio e a ausência da felicidade irradiada pelo sol.

Again and again alone.